Ponte totalmente em granito cujo tabuleiro assenta em dois arcos de volta perfeita assentes em pilar protegido por talhamar triangular, a montante. O tabuleiro possui pavimento lajeado, mantendo, em algumas zonas, as guardas plenas em cantaria, surgindo, para jusante, duas gárgulas para escoamento das águas pluviais. Prolongando-se em pequena distância para um dos lados, o provável troço da antiga via.
Encontrando-se em ruína, foi restaurada pela Junta de Freguesia, com o apoio da Câmara Municipal e financiamento do PRODER.
A NO. implanta-se um NICHO composto por blocos em cantaria de granito aparente. Tem a seguinte inscrição:
MANDOV / FAZER . O . S . D . N . EESTE NIXO THOME / MELO DE CAMPOS FALCAM DE LIZEI / ÇARGENTO MOR DESTE CONCELHO / 1735 / ESMOLAS P. AS / MISÃS DAS ALMAS
Sabemos, assim, que o nicho foi mandado fazer por Tomé Rebelo de Campos Falcão, de Lizei, Sargento-Mor do concelho, em 1735. As esmolas eram para missas das almas.
Sabe-se que em 9 de Janeiro de 1729 o mestre pedreiro Pascoal Gonçalves Guerreiro tomou, em sociedade com António Ribeiro, a obra da ponte, não estando a mesma concluída em 1732 por falta de oficiais requisitados para as obras do Convento de Mafra, segundo o pároco da altura.
A Ponte dava acesso à margem esquerda do Dão, servindo não só o Mosteiro do Santo Sepulcro, como também as aldeias de Trancozelos e Trancozelinho e o acesso à freguesia de Germil e Real, e daqui à estrada real Viseu-Guarda, que passava por Quintela de Azurara.
Encontra-se situada na zona especial de protecção do Mosteiro do Santo Sepulcro, classificado como Imóvel de Interesse Público.
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Aqui está situada uma geocache.
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